Tem um termo novo, que tenho ouvido de muitas pessoas ligadas ao kart indoor, ou kart amador, que é o sinônimo para o que a maioria chama de grupos, campeonatos, associação. Chama-se: LIGA. Eu gostei. Vou fazer pegar!
Uma LIGA que dizem reunir os melhores pilotos de kart indoor do Rio de Janeiro, não atoa muitos pilotam profissionalmente e até fora do Brasil. O currículo deles já escrevi no post anterior, o da etapa de estréia.
Uma LIGA que a maior motivação da maioria, é competir com pilotos acima da média. Uma LIGA que faz suas baterias a cada dois meses, exatamente para criar expectativa, ansiedade. O gosto de estar na pista para um bom embate. A disputa acirrada, palmo-a-palmo de asfalto, as vezes de zebra, grama, terra... Mas que no fim todos se cumprimentam e se respeitam, pois sabem da qualidade do oponente.
Mas no último dia 30, a quase 30 dias atrás, 7 pilotos, por mais variados motivos desfalcaram o que foi uma etapa acima da média, como que se espera destes pilotos.
Com tantas faltas, ficou a dúvida para saber se dividíamos os pilotos de acordo com a classificação em Bateria A e B, como manda o regulamento, ou se usávamos o bom senso para dividir os pilotos presentes igualmente. Valeu o regulamento, já que não houve censo comum.
Com isso a bateria B entrava com menos pilotos que a bateria A, e na segunda rodada, provavelmete entraria vazia.
Karts sorteados e não tínhamos noção de qual era canha ou rolimã. Usaríamos a frota nova, os bonitinhos F13. Minha mãe, Dna Angela, já dizia: "beleza não põe mesa". Motores de 13Hp, ligeiramente preparados e com um escapamento que melhora o desempenho. No final, juravam de pé junto que chegaria a 15Hp.
Na primeira acelerada não se percebe nada de diferente. Aliás, tudo igual. Como sempre karts sem freio em Volta Redonda.
Fiz a pole, seguido de Igor... e não adianta perguntar quem mais. Só tem fera. Igor fez o qualifing perto de mim, e sabíamos que estávamos rápido. Ele faz sinal para irmos embora. Típico: "vamos sumir do pelotão e depois a gente briga". Recado entendido, mas o que eu não contava, era de o fiscal passar na minha frente, e eu acompanhar com os olhos ele saindo da pista. Assim que ele saiu da pista o sinal vermelho se apagou e simplesmente, não vi a largada. Fui ultrapassado por quase todo pelotão. Fechei a primeira volta brigando pela lanterna.
Fui me livrando do tráfego aos poucos, já que meu kart era assustador de bom, a nave enterprise... E lá na frente tinha: Igor, Felipe Piatgorsky, Orlando Afonso, Filipe Jorge e Daniel Barberini, o Arqui! Barbera, como muitos o chamam, estava na bateria B, e não se importava com minha chegada, muito pelo contrário, tirou o pé no meio da reta, deixou eu passar e veio no embalo.
No final da bateria, cheguei no pelotão dianteiro e vi Orlando voando por cima da zebra e tirando as quatro rodas do chão, na tentativa de ultrapassar Igor, que nesta altura do campeoanto era segundo, com Piat liderando com uns 3 segundos de folga. Antes desta decolagem de Orlando, eu havia dado um toque involuntário em Filipe Jorge, mas imediatamente devolvi a posição. Perdemos um pouco de tempo com o toque e o Fair Play, mas acabamos chegando de novo, após a aterrisagem de O. Afonso. Fizemos a volta os quatro muito próximos. No miolo todo mundo por dentro, defendendo e o único que fazia um traçado diferente, era eu, vide que ninguém me atacava.
Na última curva da última volta, Igor faz por dentro fechado o grampo para direita, Orlando freia atrás e Filipe Jorge fecha o trem. Eu que não tinha nada a perder, faço o traçado normal e freando "mais dentro", e ao invés de contornar na zebra, uso a parte externa do kart de Igor para fazer a curva. Esperei o toque lateral, e jé me preparava para subir no barrando, mas Igor foi limpo. Deixou espaço para o meu kart ficar na pista e fomos lado a lado até a bandeirada. Eu pela esquerda, Igor no centro e Filipe Jorge na direita. Fechei em segundo com Igor em terceiro e FJ em quarto. Menos de um décimo entre o segundo e o quarto colocado. Orlando acabou ficando em quinto, com Piat festejando muito sua segunda vitória.
Na bateria B, Arqui levou a melhor sobre Diogo, que ficou em segundo com Guiga em terceiro.
E o que todos previam aconteceu. Na segunda rodada, de novo, todos juntos na pista, pelo menos essa decisão serviu para amenizar os atrasos criados pelo clube dos 13. Como são enrolados! Mas voltando ao Kart GP, eram 9 pilotos da bateria A, contra apenas 3 da Bateria B. Isso quer dizer que o piloto que correr a B, simplesmente garante um pódio ao entrar na pista.
Diogo era da B, mas disputou até o final com o pessoal da A. Wario, rápido, mas maluco, infernizou a vida de Filipe Jorge, Fabinho Konrad e Rafael Henning. Já estava garantido o primeiro lugar, bastava ficar comboiando a galera da A, mas ele queira mais. Queria vencer a bateria "geral", o que não lhe daria bonus algum. Ultrapassagem forçada em Filipe Jorge, que passava a ficar ameaçado por Fabinho. Filipe devolve imediatamente a ultrapassagem, no final da volta seguinte. E segue para sua segunda vitória. Piat, Arqui, Eu e Orlando, fomos nos embolando. Arqui abriu no finalzinho e garantiu o quarto lugar. Consegui ultrapassar Orlando e Piat e terminei em quinto. Riardo Filé ficou com a segunda posição na bateria B, seguido de muito longe por Guiga, abordo de um rolimã sem rodas. Igor trocou de kart duas vezes para tentar terminar a corrida, e até na contra mão andou. Mas se lembrou que o traçado era invertido antes de causar um acidente.
Nadaes... tadinho do Nadaes. Deveria ser indenizado. Foi até Volta Redonda e andou de melancia. Isso mesmo. Se sentasse numa melancia, andava mais rápido que naquele kart. E só não escrevo que era uma abacaxi, para não piorar as coisas. Além de ruim o kart, ter que ficar sentado no espinho? Fala sério.
As corridas foram boas, mas o primeiro ano da LIGA também serve para mostrar que temos que aprender com os erros. Uma divisão mais coerente é fundamental para o próximo ano. Faltas, qdo possível, devem ser avisadas. É difícil planejar e ter respeito do kartódromo, quando marcamos 40 locações e só pagamos por 26. Perdemos credibilidade junto a eles. E até para reclamar dos karts, que não tinham 15Hp e tomavam tempo da frota de 13, fica difícil.
Veremos como será no Point kart, no próximo dia 08/07. Que a não simpatia por uma determinada pista ou mal estar causado no passado fique para trás, e que possamos respeitar os companheiros de LIGA, que vão aparecer e fazer com que o KART GP seja o melhor do RJ, não só pelos nomes inscritos, mas sim pelo contexto de organização, assiduidade, fair play e amizade...
Para a próxima etapa teremos um novo integrate ao grupo: Rodrigo Araújo! Excelente piloto, atual vice-líder do BV... Seja bem-vindo Rodrigo...
Até as pistas.