4º etapa (07/06) XKART - Petrópolis.

Uma etapa no mínimo surpreendente.

Depois de tanto ceticismo da minha parta, efetivamente queimei minha língua. Não que isso seja ruim, muito pelo contrário, é muito bom.

Não tivemos nenhuma quebra no combalido kartódromo de Petrópolis durante a 4º etapa do Xkart. O que pra mim, chega ser estranho.

Os Xkartianos fizeram bonito. Subiram a serra, treinaram, andaram forte, fizeram compras na rua Teresa e sentiram frio. Como faz frio naquele lugar. Cruz-Credo!

Mas se por um lado não tivemos quebras, por outro lado o desequilíbrio dos karts continua assombroso. E os defensores locais, não me digam que tinham karts pra brigar, pq não tinham.

O kart 8 era o canha declarado. Não podia entrar no sorteio, pq era quase certa a vitória do sujeito que o pegasse. Então, neste momento, temos 11. O que era o kart 7? Um absurdo, mas este foi pra pista, e coube a este outro canha os melhores resultados da etapa. Sem tirar o mérito dos pilotos que o guiaram, o bichinho andava sozinho. Sem falar no kart 3, 4 e 6, que eram outros karts muito bons.

Bem, com o 8 fora, o 7 sobrando, 3, 4 e 6 acima da média, são simplesmente 6 pilotos entrando na pista praticamente sem chances de brigar. A prova disso é que todas as baterias foram dominadas por este quarteto. E quando digo dominada, digo o pódio inteiro. Dos cincos pódios do dia, quatro deles tinham os 3 dentro deste grupo. O único que conseguiu salvar alguma coisa diferente, foi nosso amigo Fanta Uva Light, que com o kart 2, conseguiu roubar o 3º lugar da X1 de Sidnei Castilho, que andava com o kart 4. Não olhei os resultados anteriores, digo de outras etapas, mas me arrisco a dizer, sem fazer tal consulta, que não temos nada semelhante, nem no Premium, que disparado, foi nossa etapa mais desigual este ano.


E surpreendente a etapa continuou.

Quem esperava Wagner e Rennan brigando pela liderança da X3, viu Cláudio Sarmento roubar a cena, a pole e a vitória. Sarmento chegou a abrir uma boa vantagem para o segundo colocado, mas depois cansou, deixou Lauro encostar, mas segurou até de forma tranquila as investidas...
Rennan e Wagner lutaram palmo a palmo pela 3º, 4º e 5º colocação, mas quem se deu bem foi Rafael Azevedo, que garantiu mais um pódio, seguido de Rennan e Wagner.

Quando os X-burguers foram pra pista, não pude ver nem a largada. Fui chamado para um dos maiores briefings que já participei no kart. Felipe Piatgorsky e suas idéias mirabolantes. Vem novidade boa por aí. Em outro post abordo esta novidade! Enquanto isso, X-burguers, comentem! Não vi nada da bateria de vcs e só sei o resultado, pq vi na divulgação feita, quase on-line, por André Argento!

Minha vez de ir pra pista. Já disse e repito: este kartódromo "não me pega". Mas temos o compromisso com o grupo, e faltar a etapa por pirraça, tbm "não pode pegar". Não treinei e perdi a referência de como estava a pista em relação ao Pré-Mundial. Perdi a referência de como estavam os karts. No sorteio, fui contemplado com o pé-de-pano 12, e alguns ainda me disseram: "É bom! Está na briga!".

É bom? Nada. Está na briga? Nada! Era o melhor dos piores, só isso. Em todas as baterias, o máximo que um piloto tirou dele foi um 4º lugar. Em todas as outras foi no máximo 5º, sendo que na minha categoria, ele foi quinto e sexto. Explico!

Perto de terminar o qualifing, e percebendo que não ia muito mais longe do que estava, tentei a sorte. Sorte? Sim. O primeiro rolemã reserva era o kart 10, que havia trocado o motor e ninguém sabia como seria seu comportamento na volta pra pista. Pensei: -"Aqui ninguém me passa, então, se for uma porcaria, garanti o que consegui no qualifing. No entanto, se estiver uma bala, posso tentar alguma recuperação." Affff... Era o pior rolemã que já andei em Petrópolis. E minha corrida foi resumida em defender a posição de Pimpolho Caetano e depois de Gabizo.

Em determinado momento ficou até engraçado. Os quatro primeiros chegaram no trem, que era puxado pelo meu rolemã, e parecia pra quem tinha acabado de chegar, que eu era o líder. Tirei minha onda e dei passagem pros líderes. Sei o que é andar na frente e tentei não atrapalhar ninguém.

No final, Roberto Lapagesse fez o dever de casa. Andou com o canha e andou muito! Primeira vitória dele na temporada, com Arqui Rival Barberine chegando em segundo e matematicamente se sagrando campeão da Primeira Copa, vide que o kart 12 com Gabizo, chegou apenas em sexto. Fechou o pódio Juno Leite com Jurasic Couto em 4º.

Não deixaram nem eu sair da pista e surpreendente a etapa continuou. Fui filmar a bateria da X2, todo um processo para aprender a mexer naquela buginganga, que se chama camera de filmar e lá fui eu para um cantinho ver tudo o que acontecia na próxima bateria do dia.

E não to dizendo que estava surpreendente, vou filmar o grid e quem é pole? Thales Paixão! Depois da eliminação em Guará, após incidente com Tuninho, Thales mostrou que não se abalou, deixou a polêmica de lado, e cravou a pole, com Luis Rocha em segundo e Alexandre Couto em terceiro.

Assim começaram e assim terminaram. Do quarto pra trás a mesma celeuma. Um trem se formava e Rupert que não gosta de cimento, até ele andou bem com um canha, segurou todo mundo.

A X2 foi tão surpreendente, que o camera-man não filmou a bandeirada. Vacilão!

O que não é surpreendente, é Pedro Ricardo andar bem no cimento. Ahhhh, sem falar no fato de ter uma sorte danada. Se em Guará o sorteio não ajudou, em Petropolis Pedro sobrou!

Sabra até tentou acompanhar por uma volta, mas não dava, de posse do canha nº7 o Pedro se tornou quase imbatível.

A surpresa da X1 foi o Filé com o rolemã nº 2 ficar com a terceira posição.

Na saída do Kartódromo, alguns pilotos com famílias e namoradas, fizeram um pit stop na Churrascaria. As duas da tarde depois de muitas horas de kart, todos estavam com muita fome. "-Mesa pra 15!!!", grita o Arqui, feliz da vida, como primeiro piloto a confirmar o título da Primeira Copa! Muito churras de qualidade, todas as panças cheias e vamos encarar a serra de volta...


Até as pistas!