O título diz o que foi o meu dia. Mas a decepção não veio na pista.
Com uma febre de fazer o sol fever, não conseguia nem sair da cama, quanto mais andar de kart.
Os atrasos foram providenciais para que eu tentasse melhorar. Mas melhorar do que se eu não sabia o que eu tinha. A febre não acompanhava nenhum outro sintoma, e eu simplesmente sentia frio quando a febre aumentava, e quando a febre aumentava eu não conseguia fazer mais nada. Só pensava em ficar deitado e ficar encolhido.
Mas eu cheguei até aqui e não era hora de desanimar. Com ou sem febre fui para pista. Tive que trocar de kart e já largaria de último. Com febre então, o que eu vou fazer? Novamente o kart não era um canha, mas também não era um pé-de-pano.
Alguns pilotos como Gustavo Labanca ficaram brincando comigo, dizendo que eu era o Piquet, pois estava na pista esperando a entrada dos pilotos, dormindo em uma das pilhas de pneus na entrada da reta. O que eles não sabiam, é que eu não tinha força para ficar em pé.
Hora de sentar a bunda no kart e ver o que acontece. ... Não acontece nada. Na merda eu estava, na merda eu fiquei...
De macacão, luva, balaclava e capacete a temperatura do corpo aumentou ainda mais. Perdi contato com o pelotão traseiro muito rápido e cada vez ficava mais para trás... Tentei... mas além de não sair de último, ficaria mais debilitado ainda para a bateria da noite. Abandonei com 10 voltas. Quase desmaiando, encostei o kart na oficina. Fiquei assistindo a corrida de dentro da pista, mas não tinha muita noção do que estava acontecendo. Assim que acabou a prova, os mecânicos foram me amparando até a ambulância.
Affff.... Ambulância??? Aquilo era um açougue... Elas serviam ao psicológico de todos, e acredito que serviram e muito bem em casos de imobilização (vide o acidente do Renatinho) e para fazer a transferencia do piloto até ao hospital mais próximo. Fora isso... Cruzes...
Fiquei com medo de ser espetado por aquelas agulhas, depois que o médico abriu a embalagem, retirou a injeção e colocou de volta na embalagem aberta, depois que soube que a segunda ambulância já havia preparado a mistura passada pelo "doutor"! Será que o enfermeiro não tinha que jogar aquela injeção aberta no lixo?
Sei que fiquei umas duas horas dentro da ambulância completamente apagado. Gabizo me achou tempos depois, mas não consegui dar mais do que dez passos. Quase desmaiei novamente e fiquei sentado na pista por quase 30 minutos.
Fui para sala vip, e rezando para a minha bateria da noite ser uma das 3 transferidas para a manhã seguinte. Merda! Se fode aê... Teria que correr de novo. A minha ficou sendo uma das três que ainda iriam correr. Quer dizer, a pilotaida foi para pista, eu não. Na sala vip estava, na sala vip fiquei.
Alguns passavam para me dar uma força. Outros nem sabiam o que estava acontecendo e ficavam me incentivando a ir para pista, mas era humanamente impossível voltar a correr naquele dia.
Gabizo me deixou na casa muito engraçada, que não tinha teto, não tinha nada... E Pimenta, Gisele e Fernando tentanvam fazer de tudo para me ajudar... Mas fazer o que, se nem farmácia 24h tem em Macaé? Hunf... Tomei um Tilenol que achei no fundo da mochila e fui dormir... Ou pelo menos tentar.
No dia seguinte, Gabizo ficou monitorando o início das baterias, e eu só iria correr por volta das 22h, vide todos os atrasos. Tempo de recuperar e...
Até as pistas!!!
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
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